domingo, 26 de agosto de 2012

Vida simples - algumas atitudes (2)

Recebo alguns comentários de pessoas que estão iniciando seus destralhes e demais movimentos rumos à organização, fico feliz por perceber que está se tornando cada vez mais comum as pessoas procurarem uma vida mais simples, com menos tranqueira à volta e menos consumo desnecessário.

Procuro simplificar meu estilo de vida com todas essas atitudes e tenho a convicção de que não cheguei ao meu máximo, sendo um árduo e longo caminho até alcançar esse objetivo e prefiro que seja assim até para que todas as mudanças sejam interiorizadas, com menor risco de voltar aos comportamentos antigos.

Certo que preciso vigiar os condicionamentos. Cheguei à adolescência nos anos 80, quando aumentou em muito o consumo de bens desnecessários pela população, os ganhos financeiros com a inflação davam uma falsa sensação de ganho fácil e as roupas de grife começaram a se firmar e passou a ser menos difícil encontrá-las.

A orgia do consumo merecia uma resposta e, logo após, começaram a aparecer movimentos para controle do consumo, escolha dos bens que deveriam ser consumidos, além de alguns preocupações com sustentabilidade e meio ambiente, sendo que estas somente bem mais tarde vieram a criar força para ocupar lugar de destaque na mídia e até no comportamento das pessoas.

Nos tempos atuais a crise econômica mundial, trazendo incerteza com o futuro, também auxilia no sentido de as pessoas voltarem seus pensamentos para o consumo consciente, diminuição do consumo e busca da origem dos produtos, verificando as condições de fabricação (sustentabilidade, impacto social, etc).

As condições em que se encontra a natureza também ditam os rumos do consumo mencionados no parágrafo anterior.

Por todas essas razões, consumir deixou de ser uma necessidade e uma decisão pessoal. Há uma necessidade de todas as pessoas passarem a exercer um consumo consciente e essa informação está chegando e sendo assimilada por um grande número de pessoas.

Nesse caminho, aliado à necessidade de preservação e fortalecimento dos valores verdadeiros - família, amizades e aprimoramento pessoal em todas as áreas - tenho optado por facilitar minhas atividades profissionais, simplificar as atividades domésticas e encontrar mais tempo para o que realmente importa.

Menciono por vezes que os valores monetários não são satisfatórios para todos os planos, conclusão que chego quando da análise da planilha mensal, mas isso não é motivo para que eu encontre outra atividade remunerada. Não abro mão do tempo para ficar com família, amigos e outras atividades pessoais, atividades que até podem não parecer importantes para outras pessoas, mas que são essenciais para mim.

A necessidade de consumir mais coisas não pode ser desculpa para deixar sua vida e verdadeiros valores na busca de mais dinheiro para ser colocado no "ralo". Por isso é importante reduzir o consumo ao que é necessário e essencial, precisando de menos espaço de armazenamento, menos tempo para organização e descartando menos coisas na natureza.

Toda essa simplificação leva à uma vida com menos estresse, pois passamos a trabalhar menos em atividades profissionais e até mesmo domésticas.

Não se trata de viver com menos coisas, pois cada pessoa tem sua medida individual do que é necessário, e sim de viver de forma equilibrada, com o que é essencial e necessário para cada um, alcançando com isso mais qualidade de vida.

Simplificar. Vida simples. Minimalismo. Consumo consciente. Sustentabilidade. Equilíbrio. Redução de despesas. Tempo disponível para o que realmente importa. Diminuição do estresse.

Comece hoje. Descarte o que não usa mais - doe, venda, troque ou, se não tiver mais jeito, jogue fora observando a separação de recicláveis. Aproveite e crie mais situações de lazer junto à família e amigos. Faça o que realmente você ama. Simplifique! Simples assim!


6 comentários:

  1. O pior é que tem muita gente que consome inconscientemente justamente para ser aceita entre amigos/familiares... por si só talvez nem fosse tão necessário algumas coisas.

    Na época do colégio fazia isso, minhas "amigas" tinham uma motinho, quis ter igual, dai íamos todas com aquelas motinhos - agrale tchau - para o colégio, depois era a jaqueta pra andar na motinho, pedi pra mãe comprar e nunca consegui usar, mas para ser "aceita" no grupo tinha que comprar. Depois passei dessa fase, os entulhos que tinha e talvez ainda tenha devem ser por outros motivos! rs

    Uma vez eu li algo que era como "preciso comprar o que não posso, com o dinheiro que não tenho para agradar quem eu não gosto". Era alguma coisa desse tipo, naquelas coisas padrões de facebook que vários clicam em "curtir" mas vivem praticando isso.

    Consumo é uma coisa complicada, só aprendemos a fazer o certo quando nos importamos com a gente mesmo em primeiro lugar, independentemente do que os outros vão pensar/falar/espernear.

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    1. Nem me fale da época do colégio... rs

      Para consumir conscientemente é preciso vigilância constante, pois muito fácil cairmos nas armadilhas da propaganda ou, mesmo de forma inconsciente, terminar por consumir por "imitação"...

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  2. Ziula, querida! Post maravilhoso: assino embaixo.
    Você colocou de forma clara e objetiva boa parte das reflexões a que tenho me dedicado. Hoje estou no Rio de Janeiro, curtindo minha última semana de férias. E, vindo para cá (de ônibus), passando por várias cidades do interior, eu refleti muito sobre como ter uma vida mais simples, numa cidade do interior, podendo fazer meus trajetos de bicicleta (porque em Sampa, para mim isso é impossível, tendo em vista o enorme fluxo de carros, congestionamentos e disputa por espaço que coloca o ciclista em último lugar), e assim, o pensamento foi longe e eu concluí que não preciso de muito para viver bem. Preciso do essencial, mas com boa qualidade, porque prezo isso, mas, dá para viver muito bem com simplicidade. É inquestionável que estou na melhor cidade do Brasil para se fazer coisas como: estudar, ganhar dinheiro, acessar cultura e conhecimento e pretendo aproveitar esses aspectos da minha cidade: fazer uma pós, um curso de inglês... Mas, depois, ah, penso eu em ir morar em um lugar mais calmo e levar uma vida mais simples. Agora, é ter observação constante para não gastar o dinheiro com bobagens, não deixá-lo ir pelo ralo para construir um futuro com mais qualidade de vida!
    Um abraço!
    Samanta

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    1. Samanta, como estão as férias? Passei com mais tempo pelo seu blog e deixei alguns comentários!

      Um abraço

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  3. Oi, Ziula! Sim, vi os comentários, que bom que vc foi me visitar, estava com saudades... rs. Então, as férias estão indo bem, eu pude ficar doente e em paz (rs, aquela sinusite que me pegou, devido ao tempo seco). Hoje tô no Rio, o tempo está chuvoso. Não vai dar praia, pelo jeito, mas o ar está ótimo! Saindo daqui vou conhecer o Centro Histórico, lógico né, programa de historiadora. Mas, como é bom viajar e deixar em casa os problemas!!! Quero viajar mais daqui por diante: para isso, preciso economizar $$$. Meu pré-período sem compras terminou e acabei comprando alguns artigos de vestuário nas liquidações porque eram coisas que valiam a pena: comprei dois tricos com 60% de desconto (custavam 100 e paguei 40) e aqui no Rio comprei um Spencer da colecão da Andrea Marques (peea clássica que eu nao tinha) e acabou sendo uma mão na roda porque esfriou e eu não havia trazido nenhum casaquinho. Mas, pretendo retomar a dieta, mas, dessa vez, levá-la totalmente a sério. Penso eu que será fácil, já que não costumo ter vontade de compras no verão. Vou explicar: em São Paulo, tem predominado um clima de meia-estação, com friozinho de manhã e de noite e calorzinho durante o dia, além de dias cinzentos. Então, eu não vejo necessidade de ter roupas muito vaporozas de verão, fico resolvida com o básico, não invisto nisso: a maioria das coisas que uso no verão (vestidos, saias, camisetas, camisas) eu costumo usar durante o ano inteiro. Então, será mais tranquilo. A minha perdição são as coleções de inverno, rsrsrs...
    No entanto, saí do período sabático com 9 itens comprados (sei sei, é bem ruim) e depois comprei mais três (os tricos e spencer). Mas, tirei muita coisa do armário: doei para mãe, irmãs, amiga e até namorado! Vou explicar: fui em um bazar de trocas e troquei várias roupas minhas para roupas para ele (que estava muito necessitado). Olha, devo ter mandado embora umas trinta coisas! Agora adotei a regra: entra um, sai pelo menos dois, já que o espaço está escasso!
    Fico por aqui, já falei muuuuuuuuuuitoooooooo! Beijos, amiga! Até logo!
    Samanta

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    1. Estou esperando atualizações sobre o destralhe nas férias :-)

      Quanto às compras no período sabático só posso dizer uma coisa: relaxa!!! de verdade!!! tudo acontece no tempo certo e tudo é aprendizado!!!

      Beijos

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