terça-feira, 14 de agosto de 2012

Compras e consumo consciente...

Depois de muito pensar cheguei à conclusão que ontem, ao escrever por aqui, estava muito assustada e parecendo meio culpada.

Após 410 dias sem compras de desnecessários e supérfluos, tendo deixado de lado inclusive alguns itens que talvez fossem efetivamente necessários, terminei por comprar uma calça e três sapatilhas.

Senti medo de terminar por voltar a comprar muitas coisas desnecessárias, deixar minha casa novamente entulhada e esculhambar tudo que fiz até agora. É tão gostoso não ter nada amontoado e nem precisar ficar arrumando novamente diversos lugares em decorrência de novos acúmulos que se formavam após as organizações feitas!

Fiquei pensando também na questão econômica, em como é difícil trabalhar todos os dias, deixar os filhos e família, para me dedicar ao direito de receber o pão nosso de cada dia. Amo meu trabalho, mas existem horas em que é bem cansativo e outras em que sei que minha família precisaria de mim naquele exato momento e não posso estar lá em razão das inúmeras atividades e compromissos.

Enfim, valores decorrentes do trabalho não podem e não devem ser queimados em itens e serviços que não sejam essenciais.

Por outro lado, tenho que me proporcionar alguns prazeres de consumo sem excessos e conscientemente, até porque não posso negar que as compras que fiz no final de semana me deixaram de alguma forma feliz: porque a maioria era necessária, porque eram bonitas, porque fiquei com produtos melhores, porque dispensei item com "odor desagradável" e quanto àquela talvez não necessária - a sapatilha animal print - o certo é que posso me permitir algumas exceções, porque não poderia? 

Isso aqui não é um conto de fadas onde tudo acontece milimetricamente projetado e de forma sempre correta, sendo que está dentro da minha capacidade aceitar alguns deslizes, afinal ninguém é perfeito.

Deslizes de consumo que não prejudiquem os planos traçados, que tragam um certo prazer, que tenham limites e que possam ser pagos à vista sem causar prejuízo à outras despesas ou sonhos.

Bem, consegui exorcizar a culpa e estou muito mais feliz do que estava ontem com minhas novas aquisições.

Para não me sentir culpada novamente e não restringir totalmente o consumo como fiz desde julho de 2011 até as compras do final de semana, pois a total abstinência também não é saudável, resolvi estabelecer um valor mensal para gastar que no início será retirado dos valores dos produtos usados que vendi e, acaso esses valores terminem em alguns meses, estabelecerei uma mesada a ser retirada do salário.

Já dizia minha vó que a virtude está no meio!

O que pude perceber também com as compras é a forma como minhas escolhas passaram a recair em itens que jamais pensei em possuir. Nunca eu tive sapatilhas como essas que comprei, a calça também ficou fora do padrão que até então eu usava e o vestido que ganhei está seguindo a linha que quero transformar meu guarda roupa de trabalho - com vestidos clássicos que podem ser combinados com diversos acessórios sem que tenha que pensar muito para me vestir.

Mudei bastante meu gosto para roupas e sapatos, percebo que as escolhas são mais conscientes e também que esses itens serão todos usados e muito, muito mais do que muitas coisas que ainda habitam a floresta imensa que ainda é meu armário.

Por falar em floresta, a intenção para diminuir ainda mais o número de peças de roupas e pares de sapato guardados é retirar dois itens a cada um comprado. Funcionando essa forma de manter o roupeiro mais minimalista, prometo que venho por aqui contar. Hoje mesmo, antes de dormir, já vou retirar dez peças - oito pelas sapatilhas/calça e duas pelo vestido que ganhei.

Quero mais uma vez agradecer a força que recebo de todas que passam por aqui, pois sem vocês nada disso seria possível!

Informo que continuo sem fumar e sem sofrer - deve ser em razão de tanta energia positiva que vocês tem mandado para mim! Obrigada!


6 comentários:

  1. Poxa, Ziula, que bacana o seu post... e é bom saber que você "sente" as energias boas que mandamos chegando (eu, pelo menos, mando sempre e acredito nisso).

    Eu fiquei assim... apaixonada pela segunda sapatilha... Já tive uma fase de adorar os saltos, mas eu sofria tanto que resolvi ser uma pessoa baixinha que usa sapatilha mesmo (1,58 de altura).

    Achei a ideia do limite pra gastar muito boa, assim você consegue ter algum espaço para manobras mas sem perder a referência. Ajuda bastante.

    Beijos!

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    1. Marina, hoje entrei no mercado abraçada com minha filha e ela simplesmente olhou para baixo e disse: - nossa mãe, como você está baixinha!!!

      O pior é que eu não estava baixinha, eu sou baixinha e não tem jeito e agora com sapatilhas mais baixinha ainda, mas estou me sentindo tão bem...

      Vamos ver se o limite funciona e também não preciso atingi-lo todos os meses, somente em caso de precisar ou querer muito alguma coisa, dentro dos padrões já mencionados.

      Consegui tirar agora os três pares de sapatos (não tinha realmente seis para tirar) e compensei com oito peças de roupas... logo, tirei uma peça a mais do que a proposta original... a intenção é ficar somente com as roupas que amo e uso sem precisar experimentar!

      Beijos

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    2. Adorei o post, concordo em gênero, número e grau, o impotante é o EQUILÍBRIO.
      E parabens por estar sem fumar!!
      Bjx

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    3. Ana, ontem foi muito difícil... mas consegui ficar "mais um dia"... e cada dia de uma vez e um dia esqueço da existência desse famigerado cigarro.. Bjs

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  2. Ziula,

    Primeiramente, parabéns pela determinação em não mais fumar. Essa decisão é, sem dúvida, muito benéfica tanto pra ti, quanto para teus familiares e um excelente exemplo para todos, como já foi o do consumo consciente e da organização que fez vários adeptos, dos quais me incluo e sou grata à ti por isso! :-)

    Quanto às compras e consumo, não acho que devas se culpar por óbvio, uma vez que a maioria era necessária e nem precisava ficar justificando aqui os motivos, só temos que evitar comprar naqueles momentos já mencionados pois depois pode vir o arrependimento e daí já está feito e pior, daí pode ser o motivo para a coisa desandar de vez.

    Já falei por aqui que não devias te cobrar tanto, e sigo achando isso (rs), então não entendo o descarte de duas peças a cada uma comprada, mas se realmente quer fazer isso, porque não fazer só com o que foi comprado meio que no “excesso”, como nessa que teve 3 itens necessários, 1 presente (bem útil) e 1 só meio que desnecessário a princípio já que a compra dele poderia ser adiada, uma vez que ainda não irá utilizar de imediato, mas entendo, por vezes pensamos que o item vai fugir da loja...kkkk

    Sobre esse valor estipulado para o consumo já ouvi que seria o ideal para a pessoa viver em harmonia com as compras, e faz sentido, é o mesmo que dizem que comer de tempos em tempos é melhor que ficar sem comer e depois comer um “boi” ao chegar em casa, enfim, parece ser o ideal! :-)

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  3. Adriana, realmente parar de fumar nào é fácil. Quando comento com as pessoas elas sugerem os métodos e até remédios dos mais malucos, alguns já tentei antigamente, mas nada fez efeito, pelo contrário, os efeitos colaterais faziam com que houvesse coro para voltar a fumar... rs...
    Sugeriram antes de ontem um remédio que custa R$ 1.000,00 e eu brinque que compraria um vestido nesse preço, mas não gastaria em remédio... rs...
    Fácil não é! Estou até orgulhosa de mim mesma por nào ter cedido principalmente ontem em que cheguei a ver estrelas!!! :0
    Estou tentando não me cobrar tanto, afinal posso me permitir alguns deslizes... você está me convencendo disso!!!
    Obrigada!!!
    Beijos

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