quarta-feira, 30 de maio de 2012

Como estabelecer um controle financeiro

Recebi um elogio nos comentários ao meu controle financeiro e, confesso, sou toda orgulhosa dele e de mim que consigo manter quase tudo na ponta do lápis.

Meu filho já tentou me mostrar a forma de utilização de planilhas eletrônicas, inclusive em sites que recebem dados compartilhados do celular, logo, seria fácil e não precisaria somar todos os valores como faço, primeiro para colocar no item respectivo no final do mês e segundo para totalizar débitos e créditos.

Utilizo planilhas manuais, inclusive faço as divisões com régua e caneta (rs), incluindo de três a quatro meses em folha de caderno universitário, sendo que esse comportamento já tem mais de três décadas, tenho dificuldade para mudar para outra forma de controle, embora essa possibilidade - planilhas eletrônicas - não esteja descartada, principalmente para alguém que vai ter que ocupar o tempo com mais um período sabático.

Entretanto, o que eu queria mesmo era tentar ajudar uma leitora do blog que diz não conseguir controlar em planilhas seus gastos.

Olha, eu não estaria tão feliz com o "ano sem compras" se não tivesse parâmetros para comparar e esses somente podem ser avaliados com números claros e por categoria. Aliás, ausentes números e dados concretos, certamente não me sentiria estimulada a continuar com o consumo extremamente controlado.

Meu filho ficou abismado quando falei dos números de um ano e de outro, mais atordoado ainda quando disse que terminaria o "ano sem compras" e iniciaria outro. Ele perguntou: 

- Nem uma semaninha de compras?

Ao que respondi, nem um dia de compras, pelo menos até que apareça algo muitíssimo necessário.

Voltando, que o ser aqui está dispersivo, não há qualquer necessidade de guardar papeizinhos, embora eu goste de conferir o cartão de crédito e nunca tenha tido um débito indevido (rs - conclusão que cheguei agora é que é perda de tempo, no meu caso, mas ainda assim guardo os comprovantes e confiro com a fatura).

Todas temos conta em banco, geralmente todos os valores que recebemos vai para essa conta e todos os valores pagos saem dessa conta. Normalmente não uso moeda corrente (embora pretenda mudar esse hábito), pois faço os pagamentos com cheques e cartões. O pouco dinheiro que tenho na carteira são para despesas pequenas e saem da conta, logo contabilizo dividindo no final do mês entre os diversos itens cotidianos sem precisão milimétrica. 

Desta forma, no final do mês tiro um extrato da conta, anoto a que se referem os cheques e débitos autorizados, divido a fatura do cartão em cada item de despesa, resultando no final cada valor mensal em sua linha respectiva, o que toma menos de uma hora, permitindo de imediato identificar onde ocorrem os deslizes e os acertos.

Tenho imprevistos? Claro! Entretanto, eles se referem à contas não programadas e inadiáveis, pagas da forma acima e devidamente lançadas na quase contabilidade que tenho.

Já fiz diversos posts falando dos inúmeros imprevistos e inclusive do quanto o mês de abril desse ano foi cruel. A boa notícia é que está tudo nos trilhos novamente e com a soma de ontem, demonstrando o quanto melhorei em tudo, estou muito feliz.

p.s. quanto à luz, água, telefone e outras despesas não incluída no "ano sem compras" a redução ocorreu sem ser planejada, procurada ou administrada, aconteceu, SIMPLES ASSIM !!!

QUANDO VOCÊ SE PROPÕE DE CORAÇÃO A FAZER ALGUMA COISA, TRABALHA NESSE SENTIDO, O UNIVERSO TODO CONSPIRA PARA QUE TUDO SE REALIZE MELHOR DO QUE VOCÊ IMAGINA !!!

5 comentários:

  1. Ziula, gostei da régua. Eu era do tempo que tinha que fazer traço no caderno com régua e lápis e depois passar a caneta e ainda apagar o que ficou a lápis. Bons tempos! Vou ver um caderno e tentar fazer isso. Eu tenho um aplicativo no iPhone para isso, chama-se "despesas". Entretanto, embora, prático, eu me esqueço de usar ou quando vou usar estou sem bateria, no fim deixo pra lá. Logo o caderno como não termina bateria, creio que será mais certo. No computador já tentei também, é legal o fato de programar para ele ficar em vermelho quando precisa, entretanto também é fácil de esquecer e parar de atualizar, ou dar preguiça, ou o computador "se bobear" e programa de planilha é campeão nisso, dai contribui para "deixar pra lá".

    Quanto à conta, pois é, faço o mesmo, exceto o balanço, coisa que começarei. Novamente, depois de tantas tentativas largadas!

    Só eu tenho mais neuras em guardar comprovantes pois já usaram meu cartão indevidamente e ainda num site na internet e uma loja do grêmio. Como falei com o gerente na época que também teve o cartão usado indevidamente, já é ruim usarem e ainda no grêmio. Lamentamos o tal ocorrido. Mas facilmente foi solucionado, só temos que cuidar sempre, isso eu faço, agora, "onde está indo" que tinha começado e largado.

    Por fim, parabéns pela organização e persistência, sei que não deve ser fácil principalmente a segunda parte, uma vez que o apelo para o consumo é imensurável. Mas se estamos determinadas é bem mais fácil conviver com "estranhamentos" e com a cabeça ocupada então nem dá tempo de pensar nisso! Ainda quanto ao que falaste em letras destacadas tens toda razão e eu também sou prova que é verdade. Eu substitui o meu gasto com coisas desnecessárias investindo mais no que considerava erros mais "gritantes" e hoje foquei mais meu trabalho num local onde todo mundo é legal, da secretária, a estagiária até meus colegas e chefes, tenho pilhas de pastas para analisar e coisas pra fazer tudo na área que me aprimorei, logo dei sorte e apesar de ser extremamente corrido eu saio feliz de lá por fazer o que gosto. Isso tem me feito mais feliz que gastar com bobagens. Até pq dei sorte de mudar para um lugar que me dê bem com todos, não sou lá das mais simpáticas rsrs

    Em junho começarei com o caderninho! :-)

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  2. Como te falei, confiro todo o mês os comprovantes que tenho guardados com a fatura, penso que é uma espécie de neura mesmo.... rs...

    Esqueci de falar que primeiro faço um rascunho lançando em cada item os valores individuais gastos, depois somo e lanço o resultado nas planilhas... rs... não é complicado!

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  3. Vou aproveitar a imposição que me fizeram de usar agenda de papel, em pleno 2012, sem que eu pudesse refutar, para também fazer esse controle financeiro no caderno, sei lá qual será a tentativa, vez que já tentei "algumas" vezes de todas as formas possíveis (digital, papel, mobile)e nunca consegui dar continuidade. Talvez tenha ficado "traumatizada" uma vez que fomos para o uruguai com o primo do meu noivo. Ele anotava absolutamente tudo, até num posto de gasolina onde tomamos o café da manhã devidamente fora do quesito saudável e ele pediu para a mulher do caixa um papel que queria anotar a fortuna que ele despendeu ao pagar a coxinha que comeu. Eu fiquei chocada aquela vez. Como diria um amigo bagual, "me caiu os butiá do bolso". Mas analisando friamente e fora do momento onde se tem mais a "emoção", ele agiu corretamente. E por sorte não gosto de coxinha, mas terei que anotar outros pormenores que consumir!

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  4. Agenda de papel para advogada é de "matar"... rs... meu filho usa o ipad e iphone... com tudo conectado e guardado na nuvem, somente nao me pergunte como funciona porque uso o iphone como celular e despertador... rs

    Quanto às despesas pequenas não sou tão neurótica... quando vou viajar coloco "x" na carteira e lanço como despesas de viagem.

    Entretanto, confesso que estou tentada em começar amanhã com o sistema de envelopes (mesmo achando meio neurótica minha idéia)... funcionaria mais ou menos assim: tiro um valor para o mercado (quero diminuir as despesas nesse item) coloco em um envelope o valor que pretendo gastar no mês e somente tiro dinheiro para pagar mercado e alimentação... outro envelope para o "lazer" almoços, lanches, cinema fora de casa, porque acho que será a única maneira de diminuir esses valores. Vamos ver se tenho coragem!

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  5. Agenda de papel é o "ó do borogodó" rs. É passível de "Bullying". Mas tirando a brincadeira de lado, eu realmente nunca me adaptei com agenda, nem na época do colégio. Sempre usava até o meio do ano (no máximo) e deu. Vamos ver agora se "tomo jeito". :-)

    Quanto aos envelopes, tenho que concordar contigo no quesito de achar a ideia "meio" neurótica!rs Claro que terá um impacto positivo também.

    Eu já fiz algo semelhante em viagem internacional. Como seria muito arriscado usar cartão pela variação cambial, levei o cartão por precaução só em caso de extrema necessidade mas não usei para nada, só o que levei em espécie. Assim dividi o valor nos dias e foi legal, voltei sem me preocupar com conta e nem deixei de fazer nada que queria.

    Meu problema maior não era o consumismo, eu não sou lá muito consumista, pelo menos perto de algumas pessoas, o meu erro era consumir mal. Hoje acho que estou curada, ao menos sequer tenho vontade ou tempo de ficar pensando nisso. Porém, tudo isso cai por terra quando o assunto é mercado. Por ser pouco prendada devo sofrer mais que o normal por lá. Se conseguires baixar o consumo do mercado me conta o segredo. E hoje já comecei com o caderninho. Vamos ver o que dá.

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