domingo, 20 de maio de 2012

Sintomas físicos

Pode até parecer mentira, mas os sintomas físicos da ausência de compras somente desaparecem depois de muito tempo da alteração do comportamento.

Não me considerava compradora compulsiva, entretanto, quando entrava no shopping, meu lugar preferido, já sentia mudanças no comportamento e emoções: sensação de cabeça vazia, necessidade de comprar alguma coisa, quando não achava tinha uma espécie de tontura, mão suando, taquicardia.

Uma loucura para quem não se considerava doente e não tinha sérios problemas financeiros decorrentes das compras.

Atente para a frase "não tinha sérios problemas financeiros". Não tinha mesmo, só que não podemos esconder o fato de que os investimentos que realmente podem trazer frutos no futuro não eram feitos, viagens não eram programadas e muito dinheiro era destinado a psicólogos/psiquiatras para controlar a ansiedade.

Reformulando: tinha sim sérios problemas financeiros, na medida em que os valores iam "pingando" em inúmeras compras de bobagens, coisas que por vezes sequer saíam da sacola quando chegava em casa e lá permaneciam durante meses.

É uma triste constatação e quis dividir por aqui considerando que tenho observado que já consigo entrar, caminhar, lanchar e até entrar em algumas lojas no shopping sem os desagradáveis sintomas de antes.

Será que demorei quase um ano para conseguir isso? Sinceramente, desconheço quanto tempo passou até que eu conseguisse ter um passeio normal nesses locais, somente sei que não foi pouco não.

Já confessei que tenho TOC - manifestando-se na necessidade constante de organização - e esse restou muito mais controlado após o "ano sem compras". Simples assim! Não trazendo mais coisas, arrumando o que tinha, não tenho mais a necessidade de arrumar o que já está arrumado, sobrando tempo para programar outras atividades e prioridades.

Mais um alerta: se você tem algum comportamento que não consegue controlar ou mesmo se compra demais ou tem sintomas físicos quando está no comércio, preste atenção, procure ajuda, até mesmo de amigos, parentes ou outras pessoas que tenham o mesmo problema. Leituras podem ter resultados ótimos - livros, revistas, internet.

Lembrando sempre que mudar um comportamento depende exclusivamente de você. 

Passe mais tempo sozinho. Identifique seus pontos críticos. 

Organize sua casa e tudo começa a vir à mente. Quando estamos praticando uma atividade de organização, a mente relaxa em relação aos fatos do dia a dia e começamos a identificar outras áreas que precisam ser colocadas no lugar.

3 comentários:

  1. Ziula, querida. Tem texto novo no Sammy In Sampa. Agradeco o conselho sobre criar um blog para o tema no Blogpost, mas, mesmo o meu blog sendo pre-historico, vou ficar com ele, porque sao tres meses de experiencia, e tem tb o Deusa Alquimica que pretendo retomar (ele ficou parado por causa da doenca que tive, enfim...) e tenho um outro blogue sobre florais, que tb sera retomado. O fato e que adoro escrever, e agora q estou melhor, quero voltar a dar vazao a essa energia criativa, atraves da escrita!
    Querida, sobre o seu post, eu pensei que talvez os seus sintomas emocionais e fisicos relacionados as compras, se eles tb poderiam estar ligados ao hipertireoidismo... Antes da minha "Titi" pifar de vez, eu tive uma fase de hipertireoidismo e fiquei muito ansiosa, chegando a me desentender com pessoas, pela falta de paciencia em que me encontrava... Teria relacao, no seu caso, o "tiuti de titi" (apelido carinhoso para disfuncoes da Tireoide) com a ansiedade q vc canalizou nas compras? Pense nisso.
    Um abraco querida!
    Samanta

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  2. Samanta,

    Estou acompanhando as postagens novas e aproveitando para ler um pouco das antigas. Você escreve muito bem, parabéns!

    Li um post de 2008 que falava sobre o sono, e quando a doenca estava em seu auge, era só o que eu sentia: sono, logo, realmente não sei te responder se os sintomas para compras e não comprar vieram também dela.

    Beijos

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  3. Como é bom não ser “escrava” do consumo né?
    Eu nunca tive essas sensações no shopping porém tinha contas mensais de cartões que eram praticamente uma mensalidade de algum curso ou como uma conta fixa , mês após mês. Estimativa de terminar só depois de todas “infindáveis” parcelas. Só que por sorte neste meio tempo conheci esse blog e o “1 ano sem compras” e eles aliados à minha vontade de não ter mais esse tipo de conta (o único “sobrevivente” dessa fase está quase terminando e o valor já está bem baixo) têm me ajudado a “não cair em tentação”. Saber dizer “não” pode ser bem benéfico para nossa saúde e bolso!

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