terça-feira, 19 de junho de 2012

Crianças e consumo!

Quem acompanha o blog já conhece as peripécias do meu filho mais novo em termos de consumo, ou melhor, de não consumo! Ele vai desde o controle do que temos em casa, o que está para vencer, o que é preciso comprar e faz questão de pagar as próprias compras com sua mesada.

Lá foi o garoto de dez anos para o shopping decidido a comprar dois presentes para colegas que fariam aniversário essa semana, mas sempre há a influência de amigos (é preciso prestar atenção!!! nos desejos reais e naqueles que visam apenas imitar o outro) e havia sido lançado um novo beyblade, uma espécie de pião que você puxa a cordinha e ele gira.

Detalhe: para a brincadeira render é necessário comprar também uma pista, coisa que ele já havia providenciado e sempre que jogávamos eu perdia e perdia e perdia, resultando em muitas risadas e no sentimento de vitória eterna para ele.

Comprado o novo beyblade que abre umas abas quando bate no outro pião, a criatura me chamou para jogar às 07h00 e lá fui eu, só que dessa vez sai vitoriosa em todas as partidas.

O que está havendo?

Simples, o novo brinquedo, com a nova tecnologia, exige uma nova pista que deve ser adquirida. Imaginem a frustração do menino que só sabia questionar as razões para ter comprado!

Aconselhei a analisar a situação, ver se outros colegas também estavam com o novo brinquedo, se tinham comprado a pista (assim poderiam compartilhar) e depois verificar se precisava realmente da nova pista.

Nos tempos atuais ou nem tão atuais assim, pois lembro que começou com meu filho mais velho que hoje tem 28 anos, embora em menor escala, não basta comprar um brinquedo, tornando-se necessária a compra da coleção inteira e também das variações que vão surgindo e os demais ficando obsoletos.

Certo também que não se pode cortar todo e qualquer consumo infantil, deve-se apenas alertar, deixar que a criança invista a própria mesada e analise o que quer realmente fazer, ainda mais quando a criança é tão consciente quanto esse meu pequeno!

Logo, só me resta desejar boa sorte à esse pequeno consumidor que tão enganado se sentiu!

2 comentários:

  1. Me solidarizo com o teu gurizinho!

    Se fosse outro pediria imediatamente a pista nova e "pra ontem" ou ficaria emburrado, etc. Do jeito que falas que ele é, deve estar analisando uma compra pensada.

    É bem difícil vencer o marketing infantil. Eu lembro de propagandas da minha época ainda como se fosse hoje ( já faz mil anos atrás rs). E certamente ouvi ou li coisas hoje que já esqueci.

    O marketing infantil atual eu quase não acompanho, só quando tenho que comprar presente para algum aniversário ou coisa do tipo. O mais recente foi um chá-de-fraldas e passou a lista dos presentes por e-mail, escolhi uma mamadeira e um porta bico além da fralda pois achei que seria o valor justo e que não gastaria mais de 50,00 em tudo.
    Fui em uma loja de bebês e só a tal mamadeira custava 80,00. Quase perguntei para a vendedora se não era uma pegadinha.. bem, por sorte achei a tal mamadeira, mesma marca, tipo, cor etc no zaffari por 20,00 assim que deu pra comprar ela e o resto sem fugir muito do que tinha estipulado. Mas a variação de preço é bem grande, quem tiver a oportunidade de não comprar uma coisa de imediato poderá ter boas surpresas fazendo uma simples pesquisa para comprar o objeto desejado, que sabemos, não pode ser substituido por equivalentes de jeito nenhum!

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  2. Adriana, por enquanto não tenho sequer ouvido falar na pista, acho que até esqueceu... rs.. é o que você fala, se puder esperar e não comprar de imediato, talvez nem compre mais.

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