sábado, 9 de junho de 2012

Poupança e agora?

Todo mundo deve ter visto que o Banco Central promoveu mudanças nos juros da poupança e atualmente a Taxa Selic está em 8,5% ao ano, o que acarretará que a poupança renderá menos de 6% ao ano. Está ocorrendo a maior queda de juros da história de nosso país, assim o rendimento da poupança será de 70% da Taxa Selic mais a Taxa Referencial sempre que a Selic estiver em 8,5% ou menos.

A poupança sempre foi um "investimento" seguro, próprio daquelas pessoas que não querem correr riscos elevados e não incide imposto de renda sobre os rendimentos, após isso passaríamos para os títulos de renda fixa cheios de impostos e taxas, mas mesmo assim com rendimentos maiores desde que você não precisasse imediatamente do dinheiro, havendo prazo pré fixado para que valessem a pena.

Para que os dois parágrafos acima se mal conseguimos pagar nossas contas? rs

Não podemos ficar alheios às flutuações do mercado financeiro, mesmo que não possamos nos aventurar por ele, considerando que é possível aprender algumas pequenas coisas para nossa vida diária, principalmente a importância da reserva de valores a curto, médio e longo prazo, e também a forma como os juros e taxas bancárias corroem nossa saúde financeira.

Lição número 1 - Inexistente qualquer compra sem juros, não existe pagamento em 12 parcelas sem juros. Se você pesquisar preço de produtos à vista, se aventurar em semi novos, pagar em dinheiro e não em cartão, pechinchar, sempre é possível obter algum desconto.

Lição número 2 - Guarde valores mensalmente e somente depois compre o que deseja, mesmo para testar a intensidade e necessidade desse desejo. Pode ser que uma coisa muito "querida", ficando na geladeira por seis meses, por exemplo, deixe de ser um item que mereça ser comprado.

Lição número 3 - Poupe, economize, coloque valores na poupança, seja R$ 10,00 ou R$ 100,00 por mês, pois pouco importa o rendimento, Taxa Selic e outros índices do governo, o que realmente faz diferença é você não gastar tudo que ganha e ter uma reserva.

Lição número 4 - Aproveite tudo que você já tem, recicle, procure em gavetas e armários, mantenha tudo organizado, pois somente assim será um consumidor consciente e deixará de adquirir coisas que muitas vezes são desnecessárias ou já tem em sua casa, embora em formato diferente.

Lição número 5 - Tenha coragem e invista em imóveis assim que conseguir organizar sua vida financeira. Pode até ser imóveis na planta, você vai pagando pequenos valores mensais, pode negociar para não pagar balões e, no final, já existe o financiamento aprovado pela construtora.  Com o aluguel, por exemplo, você pode quitar grande parte da parcela do financiamento e ainda ganha na valorização imobiliária se quiser vender após ficar pronto, não valendo a pena fazer essa negociação antes da entrega das chaves. Concordo que é um investimento super tradicional, mas no meu entendimento é de pouco risco e por enquanto vou ficando nesse mesmo.

Lição número 6 - Mantenha planilhas de controle de todos os gastos. Analise essas planilhas mensalmente, anualmente e sempre. Compare valores e veja no que pode economizar ainda mais, tudo isso sem prejuízo da qualidade de vida.

Lição número 7 - Planeje suas viagens de férias, pague todas as prestações (se precisar fazê-las) antes da viagem, viaje tranquilo e somente tenha como lembranças, após a viagem, os bons momentos e não os valores a pagar.

Lição número 8 - Faça menos refeições fora de casa e aqui não é a Sra. Sovina que está falando. Esse era um objetivo do "ano sem compras" e, mesmo que eu tenha demorado para implementar, tem sido uma coisa maravilhosa que trouxe outros benefícios familiares. Não tem preço a festa na cozinha com a família, cada qual preparando alguma coisa e todos ajudando, brincando e se divertindo, o que não ocorre com tanta intensidade em shoppings e restaurantes, até porque nesses locais recomenda-se uma postura mais discreta (rs).

Lição número 9 - Venda, doe ou troque tudo que você não usa. As coisas sem uso, segundo o feng shui, deixam a energia de seu lar estagnada e não permitem que a vida flua com naturalidade e prosperidade.

Lição número 10 - Dê educação financeira para seus filhos, converse com eles sobre o destino dos valores que chegam até a família, façam o planejamento conjunto, demonstre o que é possível e necessário adquirir e o que não possa de consumo para se render ao marketing. Sim, com isso estaremos mudando a cultura do consumo desenfreado e desnecessário, além de criar pessoas melhores e com outros valores.

E por hoje é isso! Se eu lembrar de mais alguma coisa, volto depois com outras dicas!

3 comentários:

  1. Querida Ziula,
    como conseguir a sofisticaçao, o prazer, o perfume, sem gastar com produtos especificos? Basta perfumar um outro papel para forrar a gaveta com seu perfume preferido... Vai ficar ainda personalisado, ja que rosas brancas nem sempre sao o estilo da pessoa.
    Beijos, e bravo por ter identificado a "tentaçao" do superfluo e nao ter caido nesta!
    Joia.

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  2. Ótimas ponderações!

    Eu concordo com tudo, embora ainda não faça tudo isso, mas é uma implantação que aos poucos estou corrigindo.

    E é engraçado como a maioria das pessoas não faça quase nada disso. O imediatismo da compra é mais importante que qualquer coisa. E os parcelamentos vistos como um amigo camarada. Difícil, muito difícil fazer alguém perceber que realmente não existe 12x sem juros ou coisa do tipo. Sempre que falo isso para alguém sou ignorada (ou pior, tentam argumentar que realmente não tem juros). Mas o importante, creio eu, é que pelo menos aprendi essa lição e hoje vejo os "12 x sem juros" como: " 1 ano pagando parcelas fixas de x." Isso é bem mais marcante e normalmente me faz desistir de qualquer tentação desse tipo.

    Comer mais em casa é legal também, mesmo não sabendo cozinhar absolutamente nada, as tentativas contadas para colegas da mesma situação tornam o dia bem divertido. E várias pessoas estão tentando economizar nesse sentido de comer fora, este final de semana fomos para bento gonçalves e nos recomendaram um restaurante lá que ficava num supermercado. E a pessoa falou: "não me achem chinelão, mas é que lá é bom mesmo", e a comida de lá era tri boa mesmo, bem estilo das comidadas de restaurantes mais chiques da serra.

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