sábado, 19 de janeiro de 2013

Automático ou mecânico?

Ontem tivemos uma conversa "boba" aqui em casa sobre as canecas serem feitas para destros ou canhotos. Meu filho perguntou porque as canecas eram para destros, brinquei questionando se era em razão da alça e ele disse que era por causa do desenho que fica virado para a pessoa que está em frente. Enfim, conversa "boba" mesmo, rimos muito.

Depois fiquei pensando como deixamos de lado as coisas do dia a dia com as quais já estamos acostumadas, ou seja, nem analisamos mais nada, simplesmente vamos vivendo no "automático"e isso se aplica tanto às situações domésticas quanto ao trabalho e amigos. Vamos deixando a vida passar sem pensar.

É preciso exercitar a mente, passar a fazer as coisas de forma diferente, olhar como se fosse a primeira vez cada item e cada situação, procurando se possível agir de outra forma, pois talvez não estejamos usando todo nosso potencial pelo simples fato de estarmos acostumados com determinados atos.

Pensando em consumo, na sexta-feira fui ao cinema no shopping e na saída pedi que as crianças aguardassem pois eu precisava ir até uma loja comprar travessas brancas novas que combinassem com a louça nova que comprei. Entrei na loja, olhei, virei as costas e fui embora.

Ainda nem consegui separar todas minhas coisas na "casa velha" e na "casa nova" tenho travessas que podem muito bem ser usadas para servir, embora sejam transparentes. Quem disse que tudo deve ser branco? A velha idéia de consumo desnecessário e supérfluo que de uma coisa comprada leva à necessidade de milhões de outras.

Enfim e mais uma vez, é preciso ter cuidado e é preciso ter paciência para olhar todos os armários e ver o que realmente é necessário e necessário porque não temos, não necessário porque a cor é diversa.

Comprar pela cor é agir de forma automática, precisamos agir mais artesanalmente. 

Isso também se aplica ao trabalho, como eu já disse. Usar o control "c" e control "v" tornou-se uma febre imperdoável. Na minha atividade encontro petições imensas de 55 páginas, 100 páginas e isso se deve ao fato de que a pessoa leu o primeiro parágrafo, achou bonito e copia os demais "trocentos" parágrafos sem se dar ao trabalho de analisar o que está escrito e a necessidade de deixar aquilo tudo no processo.

É preciso desautomatizar, prestar atenção, economizar o tempo nosso e dos outros, priorizar o essencial!

2 comentários:

  1. Estava pensando numa piadinha de facebook que vi e repassei esses dias, onde de um lado o cara estudando destacando os pontos principais e do outro lado como geralmente se faz, no excesso, pintando de balde tal livro.

    Isso muito já fiz e pelo visto várias pessoas também. É engraçado mas também é, analisando friamente, uma forma de demonstrar que não sabe. Não é que tudo que está ali é importante, é não saber destacar o importante. E penso que fazemos isso também na nossa vida, particular, familiar, profissional.

    Porém, em relação ao famoso "ctrl v e ctrl c", esses facilitam meu trabalho. Vejo que tal caso é parecido com algo que já tinha visto e vou conferir e dai constato que é idêntico até nos erros de português. Esses tempos estava quebrando a cabeça com um, cheguei na parte dos danos "moraes". Lembrei de um igual e buscando o semelhante, problema resolvido! Se não fosse o erro grosseiro não teria lembrado.

    Nem sempre dá pra sair do "automático", mas é tão mais gratificante que vale a pena tentar sempre que der. Fica tudo mais significativo.

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    1. Já teve advogado entrando com diversas contra rações...

      Quando vejo muita coisa escrita já percebo a falta de conhecimento mencionada por você, porque tem coisas no meio que são contrárias ao que a pessoa quer... rs

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