E hoje estávamos sozinhas, ou seja, minha irmã, eu e Pedro. O restante da família foi cada um para um canto. Sugerido almoço no shopping. Pedro precisava de um pijama e eu de um vestido.
Passamos em uma lojinha dessas de meio de corredor e a moça nos chamou para demonstrar produtos do Mar Morto. Depois rimos muito, mas na hora ficamos hipnotizados, inclusive o Pedro que é o mais forte e mais consciente em relação ao consumo.
A moça puxou uma lixa com três lados e passou na unha da minha irmã. Ela ficou extasidada com o resultado. Vendedora ainda não satisfeita, tirou um vidro com sal e passou nas nossas mãos pedindo que fizéssemos esfoliação, depois uma manteiga com apenas 6% de água (informação armazenada pelo Pedro). Mãos maravilhosas e unhas brilhosas.
Resistimos bravamente até que ela começou a falar na promoção. Leva dois produtos e o terceiro é de graça. Até o Pedro acreditou. Minha irmã maluca com os produtos para mãos. Resolvi dar de presente para ela, afinal realmente não comprei presente de Natal para ninguém, exceto para o amigo secreto. Terminei por comprar um para mim e lá veio a manteiga como brinde. Será?
E aí está o maior perigo do consumo: sair em bando para o shopping. Sozinha eu não teria nem parado para ver a demonstração, nem comprado absolutamente nada. Enfim, escorregões acontecem e persistiram pelo resto do dia.
Um vestido, uma camiseta, uma camisa branca (que há muito eu procurava) e duas blusinhas para trabalhar. Na realidade esse ano e tanto sem compras, somado ao destralhe, estavam me dando a sensação de necessidade de coisas novas e assim foi. Havia um limite estabelecido mentalmente e ele não foi ultrapassado, entretanto e mais uma vez: se eu estivesse sozinha teria sido muito diferente e as compras bem menores!
É preciso muito cuidado ao sair acompanhada para compras e decidi que qualquer outra peça somente será comprada, se necessário, em março desse ano para dar um tempo no consumo. É preciso vigiar sempre e vigiar muito.
Aqui que eu tinha visto e queria falar...
ResponderExcluirNão acredito que até o Pedro caiu no "Pague 2 e leve 3"!!!!
Primeiramente já ouvi falar de tal produto, na verdade uma promotora de vendas ofertou uma vez e passei reto, meio culpada por nem te-la deixado falar, agora que vi do que se trata.
Bem, comprar tudo bem. Um, tipo para experimentar que tal é. Agora não conhecer o resultado (e em mostruários não é conhecer o resultado) e levar DOIS porque o terceiro vem "grátis"... !!!rs
Eu ainda sou da teoria que não existe o grátis, ele é pago no preço dos outros. Se fosse grátis mesmo qual o interesse do comerciante? Se num produto vendido ele tem que colocar o preço do seu lucro, mais encargos fiscais e trabalhistas, mais custo do shopping. DAR um assim... tudo bem, pode ser o espírito natalino... mas sigo não levando muita fé no grátis.
Ir no shopping com mais pessoas pode realmente dar uma tentação a mais, OU NÃO.
Eu numa auto-análise descobri que não são as outras pessoas que me convencem de comprar algo por impulso, ninguém pega minha carteira e sai me impondo comprar. Logo me dei conta que o "não" só depende de mim. E nunca usei tanto esse não.
Inclusive uma situação engraçadas:
certa vez minhas colegas comentando no almoço de uma loja que iria reabrir no shopping. Me olham perguntando se queria ir com elas pra ver a loja e antes de que eu falasse qualquer coisa em comboio ouvi: "é só pra olhar tá! Não vamos comprar".
Bem timidamente vamos mudando os conceitos e os hábitos. Repito, comprar é bom. Desde que seja uma coisa útil, necessária e não uma coisa só para se endividar ou só porque está barato/em promoção ou qualquer coisa do gênero.
Com minhas colegas a planilha de gastos já foi até cogitada. Antes repudiavam e tinham quase indigestão quando eu pegava meu celular e anotava ali depois que descobri que no blackberry já tem um aplicativo de planilhas. Depois elas quiseram ver e um dia antes das férias uma me disse "vou pagar teu almoço hoje, anota na planilha mas como crédito."
Naquele dia acho que foi o que mais ri na vida porque era a que mais criticava qualquer nota que eu pegava ou coisa assim. Na planilha ela quase teve um treco quando perguntou o que eu fazia no celular e mostrei, e dai estava falando pra anotar e não podia ser débito, tinha que ser como crédito.
Se podemos ser influenciados para o consumo também podemos ser para o não consumo. Eu ao meu redor só tenho consumistas e tenho feito elas darem uma pensada. E nos divertimos muito com isso, tanto com o consumo quanto à falta de.
Para ver como até os seres mais maduros caem em armadilhas... rs
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