terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Minimalista? Eu?

Agora será a prova de fogo. Será que aguento viver em 70 metros de área útil? Como será a experiência? Aliás, será uma experiência ou uma situação para toda a vida? 

Sei que nada é definitivo, mas gostaria muito de me adaptar a um espaço pequeno. Minha tia diz que estou me preparando para a "síndrome do ninho vazio". O Renato já tem uma profissão, Izabel entrou na faculdade e Pedro está entrando na puberdade. Quanto tempo me resta de casa cheia todos os dias e o que faria eu em uma casa imensa vazia?

Alguém já passou pela situação de sair de um lugar imenso e ir para um lugar pequeno apenas com poucos itens escolhidos? 

Alguém já passou pela situação de permancer em um lugar imenso quando todos os filhos já seguiram o caminho por eles traçado?

Estou precisando ouvir, mais ouvir do que escrever, pois o momento atual é de pura ansiedade e gostaria de saber como outras pessoas passaram por isso.

8 comentários:

  1. Minha sogra queria fazer isso. Já ofereci a troca pelo meu apto mas daí não quer! rs.

    Ela justifica que é porque a casa fica vazia, me ofereci pra ir morar lá com ela, de mala e cuia, desde que tivesse comida, roupa lavada, etc. Também não quis! Daí fica difícil agradar!!! rs

    Lugar pequeno, a vantagem que acho, única, é que forçamos mais a convivência, se o espaço é maior cada um se encerra em uma parte, assim ou vive no quarto ou tem que conviver nas áreas únicas e comuns.

    Se fosse escolher certamente não escolheria morar em lugar menor. Mas também não cai pedaço. Só que indo num muito maior, que o meu apto inteiro era só a sala daquele, fiquei querendo um espaço igual. E não me senti mal naquele tamanho! kkk

    Meu bairro é um "bairro judeu", moro uma quadra pra cima da sinagoga deles. E lá no tal apto enorme justificaram ser prédio típico de judeus. E é umas quadras daqui, era pra ser o contrário. Mas se juntar a vizinha do lado e talvez todos do andar fique igual..rs.

    Eu já fui também num prédio muito bonito que parecia ser bom morar lá, dentro é tão pequeno mas tão pequeno que quando sai deu um alívio. Não ia gostar nenhum pouco de morar lá e vou ter que experimentar em SP algo que talvez seja semelhante. O não ser pra sempre é um grande consolo. O poder voltar a qualquer hora é outro, talvez maior. Razões pelas quais talvez até goste do kinder. Todo espaço deve ter um apelido.






    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Adriana, realmente fiz essa opção de um lugar menor, mas tenho muita coisa ainda por organizar e destralhar para chegar onde quero. Vamos conversando por aqui e vou me apoiando para conseguir... rs

      Excluir
  2. oi Ziula

    Apesar de nunca ter comentado, sempre acompanho seu blog. Além de adorar lê-lo, aprendi bastante e também consegui mudar vários hábitos com ele. Um deles, que para mim foi de grande importância, foi de "aproveitar" o seu quitômetro para parar de roer as unhas. E pode parecer algo tão simples mas para quem estava tentando parar há mais de vinte anos e nunca tinha conseguido foi uma grande conquista. Sempre dou uma olhadinha no seu quitômetro e penso: se ela consegue, também tenho que conseguir.
    Enfim, o que queria mesmo comentar é sobre a mudança de lugares grandes para pequenos. Quando morava com meus pais tinha uma casa imensa, com quintal, cachorro e um mooooonte de tralha. Quando entrei na faculdade e me mudei de cidade fui para um kitinete micro, que cabia somente aquilo que de fato era muito necessário (além de tudo não tinha nenhum armário). Mas para mim foi uma experiência muito boa, não precisa mais passar fim de semana arrumando casa e lavando quintal já que com o meu kitnete em no máximo 2 horas já tinha feito tudo. O melhor de tudo é que foi aí que comecei a aprender que precisava de muito pouco em termos materiais para viver. Como consequência disso, podia comprar menos que por sua vez refletia que não precisava trabalhar tantas horas por semana já que o dinheiro começou a sobrar com folga. No fim de tudo vários aprendizados. Bom, para terminar, porque já "falei" demais acredito que vai ser uma experiência muito boa para você. Boa sorte e ótima mudança, abs, ciça

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, adorei o comentário. Também tenho problema com as unhas, consigo roer até ficar bem pequena, a solução que tenho é fazer as unhas toda a semna e com isso deixo de roer, até que estão bem bonitas. Não acredito que tenha cura, é preciso vigilância constante e unhas sempre feitas, pelo menos no meu caso...rs

      Espero realmente não ter trabalho doméstico em excesso e para isso só vejo a solução de um lugar pequeno, até porque com meus problemas de coluna não consigo fazer muita coisa e não quero mais ter empregada.

      Percebi nas arrumações na casa antiga que quanto mais espaço temos mais tralha compramos e não quero mais esse tipo de vida.

      Vou contando por aqui o que ando fazendo e se tive sucesso ou não.

      Abraços

      Excluir
  3. Oi Ziula, como você mesma disse é questão de adaptação. Aqui onde moro as pessoas gastam um absurdo, cerca de 50% de seus orçamentos, para morar em 49m² por conta do status que lhe é conferido ao dizer que mora no bairro Sudoeste... 70m² para uma pessoa ocupar eu acharia suficiente, visto que muitos e muitos irmãos habitam em condições denigríveis e ainda sim vivem, sorriem, confraternizam. O importante é que os m² não sejam somente um apartamento, espaço físico ou o lugar onde você mora. Que seja um LAR!! Sendo assim, não importa o tamanho, seu lar estará sempre cheio das pessoas que ama, amigos, visitas, bons sentimentos e sensações até mesmo quando eles vão embora para suas casas, saem pra passar o dia na faculdade ou à noite pra balada! Haverá bons sentimentos de amor. Pelo que vi você fala muito disso aqui. Quando damos menos importância às coisas materiais sobra tempo para as pessoas e sentimentos que valem muito mais, assim como quando deixamos de assistir tv como li no outro post! Mas veja bem, quantos metros quadrados tem o mundo?! E o parque? E a lagoa?! Quem precisa de metros quadrados para ser feliz? É a mesma pergunta que se faz quando deixamos de comprar alguma coisa: pq eu preciso disso? não vou perder nada se não comprar. Minha experiência: morei 11 anos com meu pai, só nós dois, numa casa de 700m² num lote de 1200m. Linda, mas não era um lar. Quando um entrava o outro saía, quando estavam os dois, um arrumava alguma coisa para fazer fora de casa, ou cada um no seu quarto na tv ou no computador... muitos móveis e eletrônicos, tudo bonito, etc... Mas não era um lar! Éramos como hóspedes de favor na própria casa, não recebíamos visitas. Nossa relação era distante, não era de pai e filho nem de amigo, talvez conhecidos... que estranho né?! Na verdade era angustiante, fazia mal. Saí de casa, para um lugar com uns 50m²!! Na casa grande antiga chegamos a ter 5 cachorros! Meu pai os doou todos... Agora nesse pedaço de lar que moro, já tenho um cachorro novamente! Recebo amigos, cozinho, saio na rua, ando a pé... coloco o sofá na garagem para caber mais gente!!! É um lar. Não ligo tv, tenho novamente bicicleta... e uma ótima companhia de minha amiga namorada. Muito mais valores que antes. Sem luxos, móveis, etc. Meu pai continua na casa grande, sozinho. Desculpe a intromissão e o texto grande, mas quando li sobre seu blog gostei da temática, gostei dos textos e me identifiquei muito. Hoje sou partidário do amor, paz, tolerância e compreensão, e nada disso é material ou tenho que pagar para tê-los, e me sinto muito mais feliz!! Meu nome é Thiago, tenho 23 anos, sou de Brasília. Gratidão por compartilhar. abraços.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Thiago, gostei muito da sua história e fiquei até com uma ponta de inveja, inveja boa é claro, se é que ela existe.

      Estou tentando seriamente mudar, por vezes escorrego e volto do ponto onde parei. Espero sentir na casa pequena a mesma satisfação que estás sentido.

      Fico muito agradecida por teres comentado, pois me ajudou muito.

      Abraços

      Excluir
  4. Bueno! Fiz o meu rancho em dez anos, com pequenos financiamentos. Tinha horror ao tal de BNH, com 30 anos de prazo para pagar.... não sei por que tenho aversão a tudo que passa de um. Não parcelo nada e não consigo assistir nada que passa de um capítulo. Pode até ser minissérie. Não assisto. Novela então, nem pensar....

    Mas como estava contado, fiz uma casa de dois pisos, com um quarto pra nós e um para cada filha (duas). Elas eram pequenas. Elas ainda estão em casa (as duas). Mas vai chegar o momentoe que esta casa de dois pisos ficará com um vazio. E não sei como vai ser.... E não faço a mínima ideia de como será.

    Às vezes é cruel. Um dos primos da esposa fez um casarão. Os dois filhos correram o mundo pois cresceram e sairam de casa. O primo dela se deprimiu de tal maneira que está se tratando.

    Por isso, casarão rima com depressão e acho que quanto menor o rancho, melhor, em todos os sentidos. No lado afetivo, o vazio é menor e no lado econômico também, pois na hora da manutenção, os custos também serão menores.

    Baita abraço amiga gaúcha

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Grande amigo! Grandes conclusões! Espero que tudo isso que sabemos na teoria seja verdade na prática... rs... espero que tudo dê certo e vou contando por aqui. Abraços.

      Excluir