quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Viver dá trabalho...

O óbvio ululante: viver dá trabalho! E por isso devemos minimalizar o trabalho que temos com a vida, para isso basta termos pequenas atitudes.

Tirou alguma coisa do lugar, volte para o lugar de origem assim que terminar de usar, pois ao invés de dez coisas para guardar no final do dia não terás nenhuma.

Adquira menos coisas, menos enfeites, menos roupas, menos utensílios para cozinha, menos livros, menos tudo! 

Dia desses eu andava pesarosa com minhas coisas da gaveta da cozinha que foram embora. Parei para pensar. Ora, eu não usava, então porque deveria guardar? Sei, sei, e se eu precisar dessas coisas? Como faço? Ora, compra novamente e confesso que ainda não precisei comprar nada que foi descartado.

Temos é medo de deixar as coisas seguirem seu rumo. Precisamos de pouco para viver, mas não foi isso que nos foi dito quando estávamos na infância, adolescência e mesmo na vida adulta.

Algumas pessoas arrumam malas imensas para viajar porque podem precisar de alguma coisa. Há muito tempo levo pequenas malas com poucas peças, só o suficiente para não passar frio ou calor, apenas duas calças para uma semana, sempre pensando que se faltar até posso comprar. Nunca faltou nada! E geralmente sobra alguma peça sem uso.

E a necessaire? Fui diminuindo a variedade das coisas que uso e buscando sempre frascos menores. Logo, ao invés de uma necessaire imensa ou algumas menores, hoje em dia levo uma pequena.

Raramente precisamos de tudo que temos, raramente precisamos de tudo que carregamos em viagens, raramente precisamos de todos os relacionamentos que invadiram nosso círculo pessoal, raramente precisamos trabalhar tanto e nesse último caso o excesso de trabalho é derivado da necessidade de aquisição de mais coisas para sentir-se poderosa, o que não faz sentido. 

Mais trabalho, mais atividades, mais sucesso e mais aceitação pelos outros? Se precisar ter muito para ser aceito é porque o relacionamento não é verdadeiro.

Libere espaço físico e mental. Mantenha apenas o que é necessário e sua vida será mais leve, mais significativa, mais aberta ao novo que realmente faça sentido e traga maior qualidade de vida.

Liberte-se de todos os excessos, deixe a casa organizada, mas uma organização somente em relação aos itens essenciais, todo o resto deve ir fora (doar, vender, trocar), pois é resto mesmo!

Você poderá adquirir algum item acaso tenho mandado embora por engano e for realmente essencial, embora isso dificilmente vá acontecer e certamente não será nada de valor significativo.

Deixe o passado no passado. Torne seu presente mais leve e com menos coisas, abra espaço na sua casa e na sua mente, seja mais livre, não carregue mais nada sobre os ombros.

Quais as coisas você está guardando para o caso de precisar? Você realmente precisa ocupar espaço, perder tempo organizando e mantendo essas coisas? O que acontecerá se você mandar tudo isso embora?

Pense nisso!!! Viva tendo menos trabalho!!!

4 comentários:

  1. Qrda Ziula: também eu desejo libertar-me cada vez mais do que não é necessário e concentrar-me no que é mesmo importante. O que ainda não destralhei foi, ou por falta de tempo, ou porque não tenho nenhuma vontade de comprar ABSOLUTAMENTE NADA nos tempos mais próximos. Não sei o que me aconteceu, mas agora consumir até me parece pecado! E também não quero ficar agarrada a nenhum objecto, mesmo que goste dele. Procuro pensar que talvez ajude alguém... No Inverno passado fui convidada para um jantar muito chique: 50 pessoas, num hotel de charme... Como tenho um único casaco comprido sem botões, costumo apertá-lo com uma pregadeira bonita. Nessa noite decidi levar a melhor de todas: uma fivela antiga de 10cm x 5cm, de ouro, que tinha comprado num antiquário há uns dez anos atrás. Menos de 5 metros depois de sair de casa, percebi que a tinha perdido. Voltei para casa e fiz o mesmo caminho duas vezes com uma lanterna elétrica. A pregadeira tinha desaparecido. Na altura fiquei triste, mas se tivesse sido há uns tempos atrás acho que teria mesmo chorado muito. Fui viver o meu jantar chique pensando «quem sabe, talvez a venha ainda a encontrar!» Depois percebi que estava ser posta à prova: ia continuar meio aborrecida ou deixava a fivela ir pelo mundo até encontrar outro dono? Como já então tinha decidido que não iria sofrer mais com coisas e seres que não são importantes, deixei ir a fivela! Foi tão fácil que até fiquei surpreendida comigo. Bj.

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    1. Maria, penso que de qualquer forma existem itens essenciais e esse essencial é muito subjetivo, variando de pessoa para pessoa. Não pense que comprar é pecado... comprar é necessário, desde que não fiquemos perdidas em supérfluos que somente ocupem espaço.

      Fiquei triste com a pregadeira... e nem era minha!!! rs Tenho algumas coisas, até sem valor econômico, que me falam tanto ao coração que nem mesmo o minimalismo faria com que conseguisse desapegar.

      Parabéns pela facilidade que estás tendo em desapegar...

      Beijos

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  2. Engraçado que nos ensinam a guardar tudo pois podemos precisar.

    Nisso está incluído roupas, estoques de alimentos, produtos de limpeza, podemos precisar de revista, livros e várias outras coisas.

    Porém o que corriqueiramente precisamos mesmo ninguém nos ensina a guardar que é dinheiro...rs, para ele nos ensinam a gastar e de qualquer forma é válida.

    Existem muitas coisas superiores ao dinheiro e que ele não compra, porém se for para ter acumulo de algo o dele seria mais útil..rs

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    1. Nossa!!! Maravilhosa reflexão... é isso mesmo.. ensinar a guardar dinheiro, ninguém ensina!!!

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