sexta-feira, 19 de outubro de 2012

E por falar em roupas... dismorfia!

Tinha eu a mania de comprar roupas que "escondessem" minha enorme barriga. Gente! Eu não tenho barriga, pelo menos não uma barriga que precise ser escondida, muito pelo contrário. Com um metro e cinquenta e dois, pesando 51,80 kg (estava assim hoje pela manhã), certamente não sou uma pessoa considerada gorda e antes nem chegava aos 50 kg.

Só que eu achava que era gorda e agia como uma pessoa gorda, comprando roupas próprias para pessoas gordas, certo que não todas as roupas, mas a maioria, principalmente blusas.

Isso que eu sentia tem um nome: dismorfia, um dos transtornos relacionados com a imagem corporal que ocorre quando as pessoas tem uma preocupação excessiva com um defeito em qualquer parte do seu corpo, seja real ou imaginário, sendo um transtorno obsessivo-compulsivo.

Penso que curei mais esse transtorno! Percebi que estava diferente na loja quando fui comprar o vestido  e pedia para a vendedora roupas mais justas com a desculpa de que me impediriam de engordar. Só agora pensando no fato é que concluí ter ocorrido uma mudança interna.

Com quinze anos fiz duas cirurgias de coluna e fiquei com três cicatrizes imensas, mais de cem pontos, e a partir daí passei a usar maiô na praia, mas não bastava ser maiô, tinha que cobrir as costas e as cicatrizes.

Passado o tempo e quase quinze anos depois, conseguir voltar a usar biquini, embora ainda goste de ficar mais coberta.

E não foi somente essa situação. Nas minhas incursões no closet constatei peças de numeração maior à que uso, outras compridas demais, outras que escondem tudo que eu achava que não gostava, principalmente a barriga. Parei de implicar com a costas e passei a implicar com a barriga.

Em certas ocasiões, quando distraída no shopping e seduzida pela beleza que a vendedora-comissionada dizia que eu era possuidora, comprava coisas e mais coisas para depois chegar em casa e verificar que "marcavam" exatamente o que eu queria esconder ou eram grandes demais para que combinasse com qualquer outra peça criando harmonia.

Pode ser que usasse as compras para tentar me apresentar melhor no trabalho e eventos sociais, o que terminava por não ter muito efeito. Do trabalho não podia fugir, enquanto que dos eventos corria como o diabo da cruz!

Talvez esse transtorno tenha causado uma certa fobia social que me acompanha há muito tempo e esse será o próximo defeito a ser atacado, com um empenho maior em participar de festas, eventos, reuniões. Vamos ver o que acontece!

Outra coisa que chamou atenção em relação às compras foi a observação da vendedora de que sou muito organizada, conclusão a que chegou em razão de que todas as peças que experimentava eu colocava novamente de volta ao cabide como tinham chegado ao provador, sendo que normalmente as pessoas deixam tudo atirado.

Bem, tenho mania de organização, mas será que estou exagerando?

12 comentários:

  1. Oi Ziula!!!! Conheci seu blog esta semana, e ainda estou lendo muito sobre miminalismo e consumo consciente...procurei seu email mas, nao encontrei, então vai meu recado por aqui mesmo...
    Vc não tem noção de como está me ajudando!!! Eu realmente preciso aprender economizar para meu objetivo maior (preciso comprar uma casa e tbm sonho com viagens). Determinei q em 2 anos terei o dinheiro da entrada do apto. Hoje minha conta está inteira no limite, mas já fiz tds os cálculos e em janeiro, eu começo realmente a poder guardar $; se eu parar de gastar c bobagens (roupas, cosmeticos, sapatos)...e parei esta semana!!!
    Sim, nesta semana já consegui deixar 2 cartões de lojas de roupas em casa (isso é uma vitória p mim), provisoriamente anotei tds meus gastos numa caderneta, até arrumar um app para meu celular e anotar diariamente tudo o que gasto...
    Minha bolsa tbm está mais leve...rsrrs
    Reconheci tbm que já tenho ropua suficiente e muitas delas estão até sem uso, vc acredita!?!?!?!
    Meu estado de consciência está maior, e não estou me culpando por nao poder comprar (isso já não adiantava comigo, pois eu sempre achava q estava precisando de uma nova peça, um novo sapato, scarpin...)
    Meu salário não é alto, mas hj eu penso no qto eu poderia ter guardado e ter nas minhas mãos...peço a Deus que agora q tive essa consciência, q meus empregadores não me mandem embora...rsrsrs....quero ter tempo para guardar meu $ e conseguir realizar meu objetivo maior!!!
    Dinheiro tbm é espiritualidade, o controle dele está me ensinando estar mais perto de mim, dos meu valores, enfim...
    Bom, então fica aqui meu agradecimento e votos de muita força!! Que nossos objetivos possam ser alcançados muito antes até, do que imaginamos!!!
    Um grande beijo!!!

    Estarei por aqui sempre!!! ;)

    Sandra (SP)

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    1. Sandra, meu e-mail é visagem26@hotmail.com

      Fico feliz que tenhas parado com "bobagens", você certamente vai constatar que essas coisas não fazem a menor falta, além de encontrar muitas coisas com novos usos... tenhas certeza disso!!!

      Não consigo usar aplicativos, vou no papel mesmo para controlar as contas... rs... meio antiga eu sou. Anote mesmo, compare vaores mensais, trimestrais, semestrais e anuais, diminua as compras e com o tempo chegarás à conclusão de que muita coisa somente permitia o dinheiro ir para o ralo.

      Mesmo com salário pequeno podemos guardar muito.

      Vamos trocando experiências! E nos "escorando" umas nas outras para conseguir mudar os hábitos!!!

      Beijos

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  2. Que coisa, Ziula... Porque a gente vê pelas suas fotos que você é magra!
    Que bom que você já se deu conta que andava comprando roupas para um corpo que não é seu.
    Quanto a não gostar de eventos sociais, pode ser que seja porque você ainda não tenha encontrado "a sua turma" - gente que seja mais a sua cara. Mas sempre é tempo!
    Beijos!

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    1. Lud, muito tempo e dinheiro perdidos. Vejo que não era somente em roupas, ainda bem que mudei! Talvez um dia encontre minha turma, por enquanto está difícil... rs... Beijos

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  3. Guardar as peças de volta no cabide eu também faço, acho respeito com quem trabalha na loja, que está ali para auxiliar o cliente na compra e não deve perder seu precioso tempo arrumando roupa.
    E eu gosto de acompanhar suas mudanças, sinto que mesmo que eu não queira isso vai causando mudanças (boas, muito boas!) em mim.

    Obrigada!

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    1. Li, realmente é uma questão de respeito, embora eu não tivesse pensado nesse aspecto... muito obrigada!

      Espero que nossas mudanças tornem-se novos e bons hábitos.

      Beijos

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  4. Oi Ziula, eu não acho que arrumar de volta no cabide seja exagero não. Eu também costumo fazer isso, embora nunca fique igual como antes, mas já facilita a vendedora na hora de guardar. Eu sempre penso em toda mão de obra envolvida na confecção das peças e do espaço onde estou comprando. Se acho que eles não merecem meu cuidado, nem entro na loja. Por isso sempre escolho as confecções locais e estou até pensando em procurar uma boa costureira. Abraço!

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    1. Patrícia, tenho um alfaiate e acho ótimo, além de achar linda primeira prova com as peças alinhavadas... embora eu esteja um pouco distante dele, quando precisar de alguma coisa, certamente lembrarei de visitá-lo.

      Beijos

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  5. Fugindo de CID, DSM, manuais de psicopatologia e afins eu costumo usar como critério o tanto que alguma coisa atrapalha a vida dos pacientes para definir se isso é uma questão séria ou não. Seguindo esse raciocínio, costumo acreditar que organização, desejo de ter um corpo bonito, etc. só se tornam um problema quando deixam de ser uma forma de viver melhor e passam a ser um fim em si mesmas. Organizar por organizar e começar a obter mais prazer através da atividade de organizar do que de ter mais tempo, de se sentir melhor dentro de casa, de conseguir achar as coisas com mais facilidade, isso sim pode sem um exagero. E é fácil deixar isso acontecer, eu acredito. É fácil passar a curtir mais a arrumação do que os benefícios que ela nos proporciona. No meu caso isso já aconteceu com os livros: eu gostava (e gosto) tanto de ler, mas tanto, tanto, tanto, que queria sempre comprar livros e, dessa forma, aos poucos, passei a gostar mais de comprar os livros, organizá-los, mantê-los higienizados e etc. do que de lê-los. Quando percebi que estava fazendo isso tive de me controlar, repensar o que os livros significavam na minha vida e retornar a uma situação em que ler era mais importante do que cuidar da aquisição, organização e manutenção dos livros. Isso sou eu, claro.

    Beijo!

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    1. Marina, ótima análise. Sempre fico cuidando minhas atitudes e confesso que por vezes sou meio exagerada em tudo, estou tentando me policiar. Beijos

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  6. Tu via o número "1" antes do teu peso real? rs

    Já tem um tempinho que eu parei de me importar com o que vão pensar se isso ou aquilo. Chego ao ponto de pegar elevador de pijama e pantufa seja para buscar algo na portaria ou subir para o apartamento de alguma vizinha que eu me dê, às vezes acontece de eu estar sozinha e encher o saco disso e querer visitar alguém que more por aqui, e dai isso geralmente é de noite e geralmente tem alguém fazendo festa para receber visitas (exatamente no dia, leis de Murphy) e nem estou se vem gente arrumada e eu estou com trajes residenciais ou de dormir. Antes me importava. E tem uma vizinha que diz que visita é bom que não more tão longe para ir de mala e nem tão perto para ir de pantufa. Mando ela se catar obviamente.

    E na praia, já pensaste nas coisas que temos que ver? Tem muita gente nem aí, temos que ser assim também. Uma cicatriz, pequena ou grande, não é nada perto do que se vê. Que bom que desencanou dela.

    Agora, é normal cair no papo do vendedor (que pode ser comissionado ou não) ou de propagandas, anúncios, qualquer coisa, só que depois que aprendemos a ter respeito conosco mesmo de não aceitar comprar qualquer coisa e com nosso dinheiro, que não dá em árvore, acabamos comprando o que queremos e não o que querem passar.

    Eu não gosto de festas, de bares. Nem festa de aniversário sou muito fã. Depois que passei a ser consultada se queria festa de aniversário ou não a resposta sempre foi negativa e trocava por um presente melhor. Depois se queria festa de 15 anos, preferi ir pra disney (e faria essa escolha novamente sem pensar), quando terminei o 2 grau que ia em algum baile da lã, baile do arroz e por aí vai. Fiquei assim até os 20 e depois nunca mais quis sair. Isso que já na capital onde as opções variavam bem mais, mas sei lá, já tinha enjoado. Não conhecia ninguém que me interessasse, os hábitos de beber, fumar e sei lá mais o que me escanteavam pois eu não gosto disso, então preferia não ir.

    Talvez eu seja chata demais ou prepotente demais, mas não sinto falta dessas coisas. Gosto mais de sair de dia, de viajar para algum lugar, mas sair pra festa não. Bar então nem pensar. Eventos sociais obrigatórios eu vou meio que para não ser grossa demais, mas dai não podem me dar opção de escolha..rs

    Já quanto ao lado profissional, meus chefes me escolheram para um treinamento de um ano para poder substituir a chefe "mor" em suas faltas. Pra isso por eu ser meio quieta, na minha, resolveram que eu vá puxar uma reunião diária com eles e as outras duas colegas para apresentar os casos do dia bem como a linha a adotar e discutirmos todos. Um ano fazendo isso é capaz da ideia deles dar certo. Entretanto para festas e outros eventos acho que teria que nascer novamente. Faço o que acho razoável, mas badalações não são comigo.

    Se tu acha que vai gostar de festas e etc tenta mudar se não desencana que não é obrigatório isso.

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    1. Adriana, o perigo era eu tentar uma redução de estômago... brincadeirinhas...

      Levo as crianças para a escola de camisola, só que ando rezando para não acontecer nenhum imprevisto no caminho que me faça descer do carro... .rs... tenho que repensar essa atitude...

      Quanto às festas, acho que o jeito é desencanar mesmo!!!

      Beijos

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