quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Novas compras, para que?

Final de semana precisei atender algumas necessidades da minha filha e lá fomos em algumas lojas. Eu ando sem vontade de comprar nada, entretanto passamos pelo outlet da marca de camisolas e pijamos que uso. Falei para a Izabel que pretendia entrar para procurar um pijama igual ao meu que estava manchado.

Encontrei o pijama, perguntei o preço e a vendedora sugeriu que eu provasse. Nesse meio tempo caiu a ficha: o pijama nem está tão manchado assim, é praticamente novo e apenas sofreu um acidente de percurso, então para que preciso de um pijama novo? Fui embora da loja sem nada comprar e com a Izabel concordando com a decisão.

Quais as razões que nos levam a pensar que precisamos de algo que realmente não precisamos? Para que ter tantas coisas? 

Não, não quero mais aceitar essas imposições de uma mente condicionada ao consumo. Quero mudar e estou mudando. Necessidade é diferente de desejo e esse último deve ser controlado com todas as forças que temos.

Se alguém chegar na minha casa hoje, mesmo após tanto destralhe e nenhum consumo novo, ainda vai perguntar porque tenho tantas coisas e a resposta ainda é a dificuldade do desapego. Estou no caminho do minimalismo, mas ainda não cheguei lá e talvez nunca chegue, é o caminho de uma vida.

A única coisa que sei é que não quero mais perder tanto tempo comprando, organizando, destralhando, limpando, mantendo. Não quero mais ter coisas pela simples aceitação de que estão ali e que um dia poderão ser úteis.

Estou quebrando meus próprios paradigmas, não quero mais nada que possa ser usado de vez em quando ou nunca, pois o que não está em uso realmente não tem utilidade hoje nem no futuro, como também não teve no passado.

Quero cada vez mais e a cada dia conseguir um desapego maior, bem como uma maior capacidade de resitir aos pensamentos de consumo.

Somente dispensando o que está em excesso é que vou encontrando outras situações mais significativas e outros rumos que levem à uma vida melhor.

Todos os dias me desfaço de algo, é um processo constante!

A bagunça por vezes se instala? Com certeza, mas mesmo com ela estou sendo menos tolerante, considerando que não consigo viver em ambientes desorganizados, quer dizer, viver eu vivo, mas não fico em paz.

Busque sua paz! Consiga momentos significativos! Pense sobre seus padrões! Mude!

7 comentários:

  1. Qrda. Ziula: compreendo tão bem, mas tão bem mesmo esta tua história do pijama que até parece que fui eu a vivê-la. Para mim, pijamas e camisas de noite são muito importantes. Como sabes, fiquei condicionada para «estar» sempre bem na rua ou em casa, numa reunião ou na praia, em plenas férias. E continuo a achar que essa preocupação é boa para mim, para os que gostam de mim e, para as crianças, é sem dúvida um exemplo de autoestima. Aqui em Portugal, quando as pessoas se descuidam muito, usamos a expressão «parecia uma autêntica esfregona» (a vassoura de fibras de trapo que serve para lavar o chão) e isso é tudo menos o que eu quero parecer. Assim, no teu lugar, o que eu teria feito, se a bendita mancha me incomodasse mesmo muito, seria disfarçá-la: ou bordava algum desenho por cima, ou cosia um pedaço de tecido engraçado ou missangas ou lantejoulas em cima da mancha, ou aplicava um desses motivos em tecido autocolante que se fixam com ferro de engomar! Ficava com uma peça de que gosto, personalizada, sem ter de comprar outra! Que te parece?

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    1. Maria, meu pijama não comporta customização... rs... seja pelo tecido, seja porque é uma mancha "espalhada"... então, vou usando assim mesmo e parece que está a cada dia menos manchado, acho que cada vez que é lavado a mancha vai saindo, por sorte é branco... :-)

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  2. Tambem ando sem vontade de comprar, preguica na verdade. Desculpa a acentuacao caotica desse celular.

    Acho que fiquei mais chata pois todo mundo me chama de miseravel haha, estava falando com as gurias do meu trabalho e uma falou que ia fazer uma torta, dai outra sugeriu que dessemos os ingredientes pois seria a torta de bis. Nisso disse que daria um alternativo semelhante ao bis. Quase me atiraram coisas face a revolta. Mas eu estava brincando, mas ate teria um que eh bem simpatico mas pra ver que tem gente que nao troca o tradicional de jeito nenhum, isso vale para o ter as coisas tambem, parece que a falta de equivale a pobreza

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    1. Adriana, as pessoas nem comentam mais nada comigo se tiver relação com compras, exceto meus filhos que continuam o patrulhamento, porque também estão exercendo um consumo mais consciente, exceto o Pedro que sempre consumiu conscientemente... rs...

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  3. Essa é a lógica do capitalismo, criar necessidades.

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