sábado, 15 de junho de 2013

Superpoderes!

Acho que eu achei que tinha superpoderes e definitivamente não os tenho!

Se melhoro o prazo das audiências, sobram mais sentenças e pioro o prazo das sentenças. Se melhoro o prazo das sentenças, pioro o prazo das audiências, porque o prazo das sentenças diminuiu porque tive mais tempo pra fazê-las em razão de fazer menos audiências.

Se melhoro a organização da casa termino por não priorizar o mercado e o almoço/jantar vira um caos. Se melhoro a comida termino por piorar o tempo que dedicava à casa. Se lavo muita roupa pioro o prazo para guardar, considerando que muitas precisam ser passadas. Se priorizo a compra termino por piorar as planilhas que agora estão em dia, mas passaram algum tempo sem atualização.

E por aí vai. Logo, tenho que deixar de ficar ansiosa e fazer o tanto de coisas que consigo fazer, dosando cada uma delas e aceitando a limitação do tempo que parece que cada vez passa mais rápido. Sou uma só e gostaria de ter milhões da minha própria pessoa para conseguir dar conta de tudo.

No meu mundo ideal tudo seria perfeito, tudo estaria no lugar, tudo seria feito em um prazo exíguo satisfazendo a mim e a todos à minha volta. Fico nesse dilema do tempo e preciso sair dele.

Alguém tem alguma sugestão?


8 comentários:

  1. Pois é, querida Ziula. Você não possui superpoderes, nem tem mais de uma Ziula, nem tem energia física para deixar a casa impecável. Nem tem uma amiga como você. Você é única, com limitações, carências, esgotamento físico e mental.
    Oba!! Você é humana!! E muito mulher!! E muito profissional!! E muito mãezona!! E é uma sobrevivente a tantas mudanças drásticas!!

    Tá faltando algum adjetivo?? Você os conhece melhor que ninguém.

    Certa vez procurei uma médica com o intuito de fazer exames de rotina. Enquanto esperava ser chamada, meus nervos foram se aflorando.
    Assim que ouvi meu nome chamado pela secretária, as lágrimas se liberaram. Abri a porta do consultório, não consegui encarar a doutora. Chorei, chorei e chorei. Quem disse que eu conseguia falar? Nem eu entendi.
    Ela, espantada, disse que eu poderia chorar à vontade. Que fazia parte. Vi que ela anotava alguma coisa na minha ficha. O que seria aquilo?

    Depois do pranto melhorar, consegui olhar para ela e dizer: "Não tenho tempo prá nada. Nem prá dormir."
    Relatei que ouvia o apito do guarda a noite toda; que chorei na rua ao ver uma pessoa perder o ônibus; que dei vexame num casamento, de tanto chorar. E outras coisas bizarras.

    Ela concluiu que o meu sono fisiológico estava descontrolado e super comprometido pelo estresse. Esse foi o fio da meada.
    Resumindo, assim que passei a tomar um calmante leve (calman) e natural, voltei a bocejar. Tava tudo travado. Nem sabia mais o que era bocejar, espreguiçar,...dormir...

    Assim comecei um tratamento tranquilo e que foi muito importante para o meu bem- estar.
    Cuido-me até hoje. Para nada me deixar tão frágil e sensível, como estava naquela época.
    Ninguém merece!!! E ninguém acredita!!!

    Espero ter ajudado de alguma forma.
    Beijos.

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    1. Zilda, obrigada pelas palavras de incentivo quase que diárias. Adoro quanto você passa por aqui e pelo meu e-mail. Estou pensando que seria inteligente voltar a fazer ioga, me ajudava muito na época em que fazia. Vamos ver!!! Beijos

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  2. Nenhuma sugestão além de aceitar os seus limites... suspeito que esses sejam os desejos de quase todos que trabalham e cuidam da casa, filhos, bichos de estimação, etc. Se você levar esse desejo de que tudo esteja sempre perfeito muito a sério, fica exausta einfeliz, pela minha experiência. Beijos!

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    1. Marina, já estava com saudades de você!!! Como estão as coisas na casa nova???

      Vou tentar limitar as atividades conforme minhas forças, ultimamente penso que tenho extrapolado.

      Beijos

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    2. Ué, Ziula, eu não sumi nem nada.. estou postando e tenho comentado aqui! Será que você está recebendo os comentários direitinho?

      A casa nova vai bem; agora coloquei grama no jardinzinho porque a grama antiga morreu depois de terem colocado todo o resto da obra sobre ela. Está tudo bagunçado porque a grama está cheia de terra por cima e os cachorros vão fazer xixi na grama, sujam as patinhas e saem andando pela varandinha.. nossa, fica tudo marrom. Agora está chovendo.. imagina como tudo isso fica? Espero que essa grama pegue logo. Bjo!

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    3. Marina, descobri que minha saudade era relacionada aos seus textos... rs... mas você nos brindou com um lindo essa semana, obrigada!!!

      Ai que nervoso essa grama... tenho em Cornélio um jardim perto da piscina onde tinha tiririca e nada matava, precisei matar o jardim todo, está pura terra e algumas outras ervas daninhas, estou tentando acabar com tudo só não sei se depois a grama nascerá no local... sei bem o que estás passando!!!

      Beijos

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  3. É aquela coisa que já me falaram uma vez, temos que diferenciar urgente/necessário/importante.

    Além disso não existe perfeição e nem temos que tentar, fazendo nosso melhor dentro dos limites já está de bom tamanho, se todo mundo fizesse isso poderia ser tudo melhor.

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    1. Para mim tudo é urgente... rs... totalmente visceral... vamos domando essa tendência...

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